segunda-feira, 30 de março de 2009

Shakespeare

Soneto 116

Ninguém deve impedir o casamento de almas irmãs;
amor não é amor quando se altera porque muda o vento
ou sai fugindo como desertor.
Nunca, jamais! É o marco de uma vida,
ponto de apoio contra a tempestade,
estrela guia de uma nau perdida, 
lá no espaço infinito iluminada.
O amor não é do tempo a gargalhada
que uma boca vermelha cede à morte:
não se altera por pouco, ou quase nada
nem se o mundo acabar na sua sorte.
Se alguém provar que esse soneto errou,
nunca escrevi, ou ninguém nunca amou.


* o mais lindo!

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