quinta-feira, 28 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida...


...Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida 

Beatriz - Chico Buarque/ Edu Lobo

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Tintirim


Penso que pena que seja pouco
Só penso em pensamento que possa te procurar...

Tintirim tirim tintirim tirim tintirim

My love lua da lenda longe me leva lá...


Tom Zé - Conto de fraldas



* porque continuo sendo romântica e isso é bom!

Se cada dia cai

Se cada dia cai
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O jogo e a dança

Jogos de amor são sempre muito complicados. Não gosto da palavra complicado, mas jogos de amor têm muito charme. Muito, até demais! A maravilhosa sensação de gostar de alguém devia, por vezes, ser suficiente para animar nossos dias, pra mim muitas vezes é suficiente, mas qual a graça de jogar sozinho um jogo coletivo?
Eis que o jogo começa e o simples frio na barriga e apertinho no coração dão lugar aos pensamentos curiosos e gestos corporais de conquista, e essa é a melhor parte! A dança muda dos olhares que dizem quase tudo que precisamos saber, infelizmente, quase.
É nesse quase, cheio de dúvidas, que tudo se complica. Seria muito mais fácil dizer e ouvir sim ou não, quero ou não quero, mas não, insistimos num jogo sem regras onde o mais importante é a surpresa, pra não perder a graça, claro!
Não entendo porque a graça tem que ser mais importante do que vencer o jogo. Tudo bem, entender eu até entendo, mas é tão angustiante essa dúvida atormentadora que te faz passar o dia sem saber se o que o olhar te disse era verdade, ou pior, por que as palavras ditas não correspondem com o olhar? Quem foi verdadeiro, o olho ou a boca? Será que é preciso ser verdadeiro? Eu já sei que não é preciso ser preciso até porque a graça é a dúvida.
Ai que confusão! Dizer não pra dizer sim, dar pra tirar, um dia sim outro não e vice e versa e pra tudo um talvez...
E esse tormento continuará até a noite quando por acaso (claro que não seria nessa parte que ficaria fácil!) os jogadores se encontrarem e continuarem a mesma dança muda que depois será quebrada por palavras para enfim quem sabe passar para outro passo.
O próximo passo será com certeza o mais importante e também o de maior surpresa: ele mostrará se é uma dança a dois ou solitária. Pois é, tem hora que a dança muda, muda mesmo! E aí chorar só adianta se for para lavar a alma, porque as músicas são intermináveis, o salão continua cheio, os pares mudam a toda hora, alternando com momentos de euforia individual e a qualquer momento voltaremos a dançar com antigos pares, se eles continuarem no salão, e provavelmente será uma música diferente. Faz parte do jogo.



Inspirações - figurinos

Blow Up - depois daquele beijo
(Michelangelo Antonioni, 1966)







"Algumas vezes, a realidade é a mais estranhas de todas as fantasias."


O primeiro filme do diretor italiano Michelangelo Antonioni em inglês. Foi filmado e ambientado na "Swinging London" da década de 60 e teve a primeira cena de nudez frontal feminina( da cantora-atriz Jane Birkin) em um filme não erótico.

Elenco:
David Hemmings, Vanessa Redgrave, Sarah Miles, John Castle, Jane Birkin, Gilian Hills e Peter Bowles.





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