segunda-feira, 27 de abril de 2009

... e o riso saía pelos olhos. Sempre doía um pouco ser capaz de rir. Mas nada podia fazer contra: desde pequena rira pelos olhos...



"Os laços de família"- Laços de Família, Clarice Lispector.


É só o meu jeito

Falo muito, eu sei, mas não gosto de pensar que por isso estou desperdiçando energia, ou que as coisas podem dar errado porque quem está ouvindo pode ser um invejoso ou algo desse tipo. É só o meu jeito. Falo muito mais de mim mesma do que dos outros. Costumo contar meus segredos, mas esses só pra quem confio. Quando estou feliz gosto de contar minha felicidade, de compartilhar com quem eu gosto, de dividir sentimentos bons. Ao contrário da maioria das pessoas, acho que falando estou invocando alguma espécie de força como o vento, que irá espalhar minha felicidade, fará que ela continue ou meus desejos se realizem, como se assim alguém fosse escutar e me atender. Da mesma forma, quando estou triste preciso tirar a tristeza de mim, não se deve guardar o que se quer jogar fora, o que não serve, e a mesma força levará a angústia e a tristeza embora.
Falo demais muitas vezes. Acho que porque penso muito. Não consigo guardar pensamento, tem que sobrar espaço na minha cabeça pros outros que virão! Tenho ataques de sinceridade muito frequentemente, culpa dos pensamentos excessivos. Sinto vontade de falar, é uma necessidade, não confundir, por favor, com ansiedade.
Não costumo magoar ninguém por causa desse meu jeito e nem pretendo, como também não pretendo me magoar. É um comportamento quase infantil e do mesmo jeito que falo o que quero, não tenho problema em ouvir o que não espero. Muito pelo contrário, adoro ouvir tanto quanto falar.
Às vezes calo. Mas só quando preciso do silêncio, aí eu fico sozinha que é o que se deve fazer quando se quer silêncio. Mas gosto mesmo é de gente, de conversas e risadas.
Não vou deixar de falar por medo de gente invejosa e acho um saco esse tipo de conselho, mesmo que seja para o meu bem. Prefiro ver o sorriso no rosto das pessoas quando conto uma coisa boa. Falo tanto quanto sorrio. Portanto, se me vê calada pergunte o que está acontecendo, provavelmente alguma coisa está errada. Esse não é o meu jeito.

(...)

então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.

(...)

V. Maiakovisk

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Inspirações - figurinos

ACOSSADO - Jean-Luc Godard
(À bout de souffle,1960)







" Informantes informam, ladrões ladram, assassinos assassinam, amantes amam."


Filme ícone da Nouvelle Vague, com Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo.
O filme é incrível, tá na minha enorme lista dos "the best", adoro, mas confesso que só comecei a assistir porque o figurino me chamou muito a atenção! 


terça-feira, 14 de abril de 2009

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