Vinícius de Moraes.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida...
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida...
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
Beatriz - Chico Buarque/ Edu Lobo
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Tintirim
Se cada dia cai
Se cada dia cai
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
Pablo Neruda
terça-feira, 12 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
O jogo e a dança
Jogos de amor são sempre muito complicados. Não gosto da palavra complicado, mas jogos de amor têm muito charme. Muito, até demais! A maravilhosa sensação de gostar de alguém devia, por vezes, ser suficiente para animar nossos dias, pra mim muitas vezes é suficiente, mas qual a graça de jogar sozinho um jogo coletivo?
Eis que o jogo começa e o simples frio na barriga e apertinho no coração dão lugar aos pensamentos curiosos e gestos corporais de conquista, e essa é a melhor parte! A dança muda dos olhares que dizem quase tudo que precisamos saber, infelizmente, quase.
É nesse quase, cheio de dúvidas, que tudo se complica. Seria muito mais fácil dizer e ouvir sim ou não, quero ou não quero, mas não, insistimos num jogo sem regras onde o mais importante é a surpresa, pra não perder a graça, claro!
Não entendo porque a graça tem que ser mais importante do que vencer o jogo. Tudo bem, entender eu até entendo, mas é tão angustiante essa dúvida atormentadora que te faz passar o dia sem saber se o que o olhar te disse era verdade, ou pior, por que as palavras ditas não correspondem com o olhar? Quem foi verdadeiro, o olho ou a boca? Será que é preciso ser verdadeiro? Eu já sei que não é preciso ser preciso até porque a graça é a dúvida.
Ai que confusão! Dizer não pra dizer sim, dar pra tirar, um dia sim outro não e vice e versa e pra tudo um talvez...
O próximo passo será com certeza o mais importante e também o de maior surpresa: ele mostrará se é uma dança a dois ou solitária. Pois é, tem hora que a dança muda, muda mesmo! E aí chorar só adianta se for para lavar a alma, porque as músicas são intermináveis, o salão continua cheio, os pares mudam a toda hora, alternando com momentos de euforia individual e a qualquer momento voltaremos a dançar com antigos pares, se eles continuarem no salão, e provavelmente será uma música diferente. Faz parte do jogo.
Inspirações - figurinos
Blow Up - depois daquele beijo
(Michelangelo Antonioni, 1966)
"Algumas vezes, a realidade é a mais estranhas de todas as fantasias."
O primeiro filme do diretor italiano Michelangelo Antonioni em inglês. Foi filmado e ambientado na "Swinging London" da década de 60 e teve a primeira cena de nudez frontal feminina( da cantora-atriz Jane Birkin) em um filme não erótico.
Elenco:
David Hemmings, Vanessa Redgrave, Sarah Miles, John Castle, Jane Birkin, Gilian Hills e Peter Bowles.
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